Para quem se importa com a luta feminista, mas não entendeu, não engoliu, ficou confuso/a, indeciso/a, chateado/a com o uso da palavra "VADIAS" na marcha das mulheres, neste maio de 2012, pode ser que este trecho da tese ajude a começar a pensar na questão:
"A mesma possibilidade de repetir normas e atos anteriores é que torna possível a subversão dessas normas e sua ressignificação, segundo Judith Butler (2007). Exemplo disso é a ressignificação de termos usados para ferir, injuriar, desqualificar mulheres, gays, negros/as, sujeitos desviantes. Se os signos são instáveis, reiteráveis e nunca finalmente determinados pelo contexto como sugere Derrida (1986), isso significa que é possível ressignificar palavras que foram feitas para ferir. No lugar de um palavrão que ofende e desqualifica o sujeito, o significado é torcido e recontextualizado. Obviamente não temos controle algum sobre o efeito dessas estratégias subversivas. (O Corpo Rifado, 2011)
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